Vinhos da Espanha

 

 

Localizada entre a França e Portugal, cercada por dois mares - Atlântico e Mediterrâneo - e com um deserto em seu coração, a Espanha é uma singularidade. O país ibérico possui a maior superfície de vinhedos do planeta e é um dos três maiores produtores do mundo, ao lado de França e Itália. Suas vinhas se espalham como arbustos, sem condução das ramagens, longe umas das outras. Esta prática é necessária porque, em boa parte do país, o deserto é uma realidade com a qual o produtor tem que lidar; o solo não suporta alimentar muitas vinhas devido à escassez de água. Uma resolução do conselho regulador dos vinhos espanhóis permite, desde 2003, a irrigação das vinhas, mas o custo de abrir profundos poços e a engenharia da distribuição torna esta solução possível apenas para as grandes empresas ou para proprietários ricos, a maioria dos bodegueros ainda tem que lutar com a escassez. A uva nacional é a Tempranillo, que possui diversos nomes na Espanha. É chamada de Tinta País, na Ribera del Duero; Cencibel, em Valdepeñas; Ull de Liebre, em Penedès e Tinto Fino em diversas outras regiões. Outras uvas se destacam, como as tintas Garnacha, Mencia, Monastrell e as brancas Albariño, Verdejo, Macabeo, Palomino e Moscatel.